De acordo com o ex presidente da Caixa, Pedro Duarte Guimarães, o agronegócio brasileiro é uma das maiores forças econômicas do país, sendo responsável por uma parcela significativa do PIB, das exportações e do emprego no campo. No entanto, os desafios climáticos, logísticos e financeiros exigem cada vez mais soluções modernas e adaptáveis. Nesse cenário, a tecnologia no campo surge como um elemento crucial para tornar o agro mais eficiente, sustentável e resiliente.
Das máquinas inteligentes às plataformas de análise preditiva, o setor tem passado por uma verdadeira transformação digital. O uso de inovações tecnológicas permite ao produtor rural tomar decisões mais assertivas, otimizar o uso de recursos e reduzir perdas. Leia mais abaixo:
Agricultura de precisão e tecnologia no campo: eficiência e sustentabilidade
A agricultura de precisão é uma das principais inovações que vêm revolucionando o campo. Por meio do uso de sensores, GPS, drones e softwares de monitoramento, os produtores podem analisar com exatidão as condições do solo, o nível de umidade, a necessidade de insumos e o desempenho das lavouras. Isso permite intervenções pontuais e personalizadas, reduzindo desperdícios e aumentando a produtividade.

Nesse sentido, além de contribuir para o aumento da eficiência, a agricultura de precisão também reforça a sustentabilidade do setor. O uso racional de defensivos, fertilizantes e água diminui o impacto ambiental e melhora a qualidade do produto final. Dessa forma, como indica Pedro Duarte Guimarães, a tecnologia não apenas garante melhores resultados econômicos, como também preserva os recursos naturais e contribui para práticas agrícolas mais responsáveis.
Inteligência artificial e big data no agronegócio
Segundo Pedro Duarte Guimarães, a inteligência artificial (IA) e o big data estão transformando como as decisões são tomadas no campo. Plataformas digitais integradas conseguem processar grandes volumes de dados meteorológicos, históricos de safra, comportamento de pragas e oscilações de mercado em tempo real. A partir dessas informações, algoritmos geram previsões e recomendações automatizadas para o manejo da produção.
Ademais, essa capacidade preditiva permite ao produtor rural planejar melhor cada etapa do processo, desde o plantio até a comercialização. Também facilita o acesso ao crédito rural, uma vez que os dados podem comprovar a viabilidade técnica e financeira das operações. A resiliência do agro está, assim, cada vez mais conectada à sua capacidade de coletar, interpretar e agir com base em dados concretos.
Conectividade no campo e inclusão digital
Um dos principais desafios da transformação digital no agro ainda é a conectividade. Como aponta Pedro Duarte Guimarães, muitas áreas rurais sofrem com a ausência de cobertura de internet, o que limita o uso de ferramentas digitais. Nos últimos anos, no entanto, projetos de inclusão digital e expansão da rede móvel têm avançado, com apoio do governo federal, operadoras privadas e cooperativas. Essa evolução é essencial para garantir que tecnologias como agricultura de precisão e plataformas de gestão.
A chegada da conectividade ao campo abre novas oportunidades para os pequenos e médios produtores. Aplicativos de gestão rural, plataformas de comercialização online, treinamentos virtuais e assistência técnica remota se tornam acessíveis, democratizando o uso da tecnologia. Com isso, aumenta-se a resiliência de toda a cadeia produtiva, fortalecendo os elos mais frágeis e ampliando a competitividade do setor. A digitalização permite maior acesso a crédito, seguros agrícolas e serviços financeiros.
Por fim, as inovações tecnológicas já não são apenas promessas para o futuro do agronegócio, mas uma realidade em expansão. A agricultura conectada, inteligente e sustentável permite ao produtor rural enfrentar crises climáticas, instabilidades econômicas e mudanças no consumo com mais preparo e segurança. Para Pedro Duarte Guimarães, ao investir em tecnologia, o campo se fortalece como pilar estratégico da economia nacional.
Autor: Nikolaeva Orlova