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Polícia Militar usa bombas de efeito moral em manifestação no centro de São Paulo
Neste domingo (7), a Polícia Militar de São Paulo utilizou bombas de efeito moral para desocupar um prédio público abandonado na Liberdade, no centro da cidade, durante uma manifestação do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB). A ação foi denunciada nas redes sociais do MLB.
Segundo as postagens do movimento, a ocupação foi reprimida pela atuação da Tropa de Choque, com uso de bombas e cacetetes. Alguns militantes foram detidos, enquanto várias famílias que ficaram desabrigadas correram com seus filhos no colo. A manifestação era uma forma de protesto contra a falta de moradias e serviços públicos na região.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) emitiu uma nota afirmando que a PM foi acionada por volta das 5h para atender uma “ocorrência de desinteligência e invasão de propriedade particular”. A pasta afirmou que dois ônibus foram estacionados na frente do imóvel e diversas pessoas invadiram o prédio após quebrarem dois cadeados e duas correntes. A SSP também disse que a PM tentou intermediar a retirada das pessoas e foi necessária a utilização de bombas de efeito moral para desocupar o local.
O uso de bombas de efeito moral é uma medida controversa, pois pode causar danos físicos e psicológicos aos manifestantes. Alguns críticos argumentam que essa medida é excessiva e viola os direitos humanos dos manifestantes. No entanto, a SSP afirma que a ação foi necessária para manter a ordem pública e evitar danos ao prédio.
A manifestação do MLB foi uma forma de pressionar o governo a implementar políticas públicas eficazes para resolver os problemas de moradia e serviços na região. A falta de moradias é um problema crônico em São Paulo, especialmente nos bairros periféricos, onde muitas famílias vivem em condições precárias. O uso de bombas de efeito moral durante a manifestação apenas reforça a necessidade de uma abordagem mais humana e respeitosa com os direitos humanos dos manifestantes.