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Gestão de crises no setor público: lições aprendidas com a pandemia e desastres naturais

Ricardo Chimirri Candia frisa que a pandemia e os frequentes desastres naturais nos últimos anos colocaram à prova a capacidade de resposta dos governos em todo o mundo. Esses eventos revelaram falhas, mas também oportunidades de melhoria na gestão de crises no setor público. Aprender com essas experiências tornou-se essencial para construir sistemas mais resilientes e preparados para enfrentar futuros eventos de grande impacto.

Como a pandemia testou a eficiência da gestão pública?

A pandemia exigiu respostas rápidas e decisões complexas por parte dos gestores públicos. Com a ausência de protocolos pré-existentes para uma crise sanitária global dessa magnitude, muitos governos tiveram que improvisar, adaptando-se às circunstâncias em tempo real. A falta de planejamento prévio foi visível em vários países, especialmente na escassez de equipamentos médicos, na desorganização do sistema de saúde e na comunicação confusa entre os diferentes níveis de governo. 

No entanto, mesmo diante das dificuldades, a pandemia também catalisou avanços significativos. Muitos órgãos públicos aceleraram processos de digitalização, migraram serviços para o ambiente virtual e implementaram políticas de apoio emergencial em tempo recorde. Ricardo Chimirri Candia explica que a experiência evidenciou a importância de se ter estruturas ágeis, times multidisciplinares e canais de comunicação claros e eficazes. 

Quais são os desafios da gestão de crises em situações de desastres naturais?

Desastres naturais, como enchentes, secas e incêndios, estão cada vez mais frequentes e intensos devido às mudanças climáticas. No Brasil e em outros países, esses eventos causam danos humanos e econômicos severos, sobrecarregando a infraestrutura pública e pondo à prova a capacidade de resposta dos governos locais e nacionais. Um dos maiores desafios é a coordenação entre os diferentes níveis de governo, já que muitas vezes há duplicidade de esforços ou, ao contrário, lacunas na assistência. 

Ricardo Chimirri Candia
Gestão de crises no setor público sob a ótica de Ricardo Chimirri Candia: aprendizados da pandemia e desastres naturais.

Outra questão crítica é a previsibilidade. Ricardo Chimirri Candia expõe que, embora muitos desastres naturais possam ser monitorados com antecedência, a eficácia das ações preventivas depende de investimentos contínuos em infraestrutura, educação e sensibilização da população. Frequentemente, os recursos só são direcionados após o evento, em ações emergenciais, e não em políticas de longo prazo que evitem danos futuros. A resposta a essas crises exige reação imediata e um planejamento estratégico.

Como construir um modelo de gestão pública mais resiliente?

Uma das principais lições aprendidas é a necessidade de criar sistemas de gestão de crises baseados em dados e evidências. Tomar decisões informadas, com base em análises técnicas e atualizações constantes, permite maior precisão nas ações e melhor alocação de recursos. Além disso, a integração entre diferentes áreas — como saúde, meio ambiente, segurança e assistência social — fortalece a capacidade de resposta do Estado, permitindo abordagens mais completas e coordenadas.

Também é fundamental investir na formação de lideranças e na criação de planos de contingência pré-elaborados. Quando as equipes têm treinamento específico para lidar com emergências, a reação tende a ser mais rápida e organizada. Segundo Ricardo Chimirri Candia, a participação da sociedade civil, a comunicação transparente e a colaboração com o setor privado e organizações não governamentais potencializam ainda mais a efetividade das ações. 

Preparação contínua como caminho para a eficiência

As crises recentes deixaram claro que não há espaço para improvisos quando o assunto é gestão pública. Tanto a pandemia quanto os desastres naturais trouxeram desafios sem precedentes, mas também ensinaram valiosas lições sobre adaptação, cooperação e planejamento. Para enfrentar os próximos eventos, os gestores devem priorizar a modernização dos sistemas, a descentralização das ações e a prevenção ativa. 

Autor: Nikolaeva Orlova

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