De acordo com Francisco Gonçalves Perez, no mundo das finanças, é comum acreditarmos que agimos de maneira lógica e racional. No entanto, a realidade mostra que nossas decisões financeiras são frequentemente influenciadas por fatores emocionais e comportamentais. A área das finanças comportamentais busca justamente compreender como emoções, hábitos e vieses cognitivos moldam nossas escolhas sobre investimento, consumo e poupança.
Entenda como emoções e hábitos influenciam suas decisões financeiras e comece a agir com mais clareza. Explore as finanças comportamentais e tome o controle do seu futuro financeiro neste artigo.
Como nossas emoções interferem nas decisões financeiras?
As emoções desempenham um papel central na forma como lidamos com o dinheiro. Sentimentos como medo, euforia, ansiedade ou otimismo excessivo muitas vezes nos levam a agir por impulso, seja gastando mais do que devemos ou investindo sem avaliar os riscos. Por exemplo, durante momentos de alta no mercado, muitas pessoas compram ações motivadas pelo entusiasmo coletivo, ignorando sinais de possível bolha.
Por outro lado, Francisco Gonçalves Peres destaca que, em momentos de crise, o medo pode levar ao pânico e à retirada precipitada de investimentos, mesmo quando manter a calma traria melhores resultados. Com o uso da educação financeira e o fortalecimento da inteligência emocional, podemos desenvolver mais confiança para agir com equilíbrio, aproveitando oportunidades com sabedoria.
Quais são os principais vieses que afetam nossas finanças?
Diversos vieses cognitivos influenciam nossas decisões financeiras, muitas vezes sem que percebamos. O viés da ancoragem, por exemplo, nos leva a basear escolhas em valores iniciais, mesmo que irrelevantes. Além disso, o viés de confirmação faz com que busquemos informações que reforcem nossas crenças, ignorando dados contrários. Outro viés, o da disponibilidade, nos faz dar mais peso a informações recentes ou chamativas, alterando nossa avaliação de riscos e oportunidades.

Outro exemplo que Francisco Gonçalves Perez pontua é o viés do presente, que faz com que priorizemos recompensas imediatas em detrimento de benefícios futuros — uma das razões pelas quais tantas pessoas têm dificuldade em poupar. Assim, ao aprender a identificar esses padrões, podemos reduzir seus impactos e desenvolver estratégias mais consistentes e de longo prazo.
Como podemos tomar decisões financeiras mais conscientes?
Uma maneira eficaz de tomar decisões mais conscientes é criar o hábito de refletir antes de agir. Isso inclui fazer perguntas como: “Essa compra é realmente necessária?” ou “Estou tomando essa decisão com base em dados ou em emoções?” Além disso, planejar metas financeiras claras ajuda a manter o foco e evita escolhas impulsivas. Estabelecer um orçamento mensal também é uma excelente estratégia para monitorar os gastos e garantir que as decisões financeiras estejam alinhadas aos objetivos a longo prazo.
Recorrer a ferramentas como planilhas de orçamento, aplicativos de finanças e até mesmo à orientação de especialistas pode trazer mais clareza ao processo, conforme Francisco Gonçalves Peres pontua. Além disso, essas ferramentas ajudam a identificar padrões de gastos e possíveis áreas de melhoria, tornando o planejamento financeiro mais eficiente. Com mais informações e autoconhecimento, cada decisão tende a ser mais alinhada aos seus valores e objetivos, promovendo bem-estar e segurança financeira.
Entender para evoluir!
Em síntese, Francisco Gonçalves Perez deixa claro que, as finanças comportamentais mostram que não somos totalmente racionais quando lidamos com o dinheiro, mas essa compreensão nos dá poder. Ao reconhecer os fatores emocionais e cognitivos que influenciam nossas escolhas, conseguimos agir com mais consciência e equilíbrio. Com informação, prática e planejamento, é possível transformar nossos hábitos financeiros e alcançar uma relação mais saudável e eficiente com o dinheiro.
Autor: Nikolaeva Orlova