Estudo feito pela Fecap com dados fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo mostra que maior parte dos crimes aconteceram em vias públicas da capital paulista
Um levantamento realizado pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), através Departamento de Pesquisas em Economia do Crime (DEPEC), listou os bairros da cidade de São Paulo que registraram mais roubos e furtos de celulares em 2021. O estudo foi elaborado a partir dos boletins de ocorrência registrados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) durante 2021. Segundo o estudo, a maior parte dos crimes – tanto furtos quanto roubos – acontecem em vias públicas no período da noite. Em relação roubos, foram registrados 90.711 ocorrências em 2021, uma queda de 2,39% em relação a 2020 – 90,95% dos crimes foram cometidos em locais públicos. O bairro do Capão Redondo, com 3.389 casos, foi o que mais registrou roubos em 2021, seguido pelo Grajaú (2.321 boletins) e pelo Jardim Ângela (2.192 boletins). A via com o maior em que mais casos foram registrados foi a Praça da República, no centro da capital, com 524 ocorrências.
Já em relação aos furtos, foram contabilizadas 66.107 ocorrências, o que mostra um aumento de 3,39% em relação ao ano de 2020, quando foram registradas 63.942 ocorrências na capital paulista. Aproximadamente 70% dos crimes foram realizados em vias públicas, enquanto 15,3% aconteceram em terminais ou estações do transporte público. O bairro do Brás, na Zona Leste da capital, registrou 3.254 casos de furtos, liderando as estatísticas da cidade. Em seguida vem a República, que somou 3.013 ocorrências. Bela Vista (2.755), Pinheiros (2.089) e Bom Retiro (1.913) completam o topo do ranking de bairros com mais ocorrências registradas ao longo de 2021. Por sua vez, a Avenida Paulista, um dos principais cartões postais da cidade, foi o local que registrou mais furtos, com 2.417 boletins contabilizados em 2021.
Mais de 25 mil furtos e roubos de celulares foram registrados na capital paulista em janeiro e fevereiro de 2023, o que corresponde a 36 casos por hora, em média. Os dados são do levantamento do R7, feito a partir das informações dos boletins de ocorrência disponibilizados pela SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo).
Os números não refletem a realidade com precisão e podem ser maiores, pois muitas vítimas não registram boletim de ocorrência. Além disso, os crimes se referem ao número de furtos e roubos, e não à quantidade total de celulares levados.
Dez endereços concentram uma a cada dez ocorrências de roubos e furtos de celular da cidade de São Paulo no ano passado. São avenidas turísticas, praças icônicas e vias movimentadas e essenciais para a mobilidade da cidade — a maioria, inclusive, fica no Centro.
Foram mais de 200 mil registros deste tipo de crime na capital paulista em 2022, alta de 13% em relação a 2021.