Tecnologia

Publicidade online cai, motiva demissões e encrenca Google na Justiça

Em meio à onda de demissões que afeta as mais importantes empresas de tecnologia do mundo, a maioria com sede nos Estados Unidos, a Alphabet, holding à qual o Google pertence, enfrenta um tsunâmi.

Na terça-feira (24), quatro dias depois de ter anunciado um plano global para cortar 12 mil vagas de trabalho, a companhia foi notificada sobre uma ação movida pelo DoJ (Department of Justice; em português, Departamento de Justiça) dos EUA, ao lado de oito estados do país (Califórnia, Colorado, Connecticut, Nova Jersey, Nova York, Rhode Island, Tennessee e Virgínia), em que é acusada de monopólio das tecnologias e prática desleal nos negócios que envolvem publicidade digital.

O processo, que poderia pôr em risco o domínio do Google na internet, foi aberto na federal court (o tribunal federal) de Alexandria, no estado da Virgínia. A empresa foi denunciada por violação das seções 1 e 2 da Lei Antritruste Sherman, que regula a competição entre companhias e a livre concorrência.

As ferramentas de tecnologia de anúncios são usadas por produtores de conteúdo para sites e outras plataformas digitais a fim de gerar receita por meio de publicidade, o que permite fazer novos investimentos e oferecer conteúdos mais elaborados e de melhor qualidade.

No documento encaminhado ao tribunal, a dona do Google é acusada de tentar neutralizar ou “eliminar” seus rivais nesse mercado de anúncios digitais (adtech stacks) de diversas maneiras. O órgão do governo alega que a empresa utiliza “meios anticompetitivos, excludentes e ilegais para diminuir drasticamente qualquer ameaça”.

Para conseguir fazer isso, ainda segundo a acusação, o Google usa três estratégias: compra empresas concorrentes menores, manipula leilões de anúncios online, e, com seu domínio, força anunciantes a usarem seus produtos de publicidade digital, o que dificulta o acesso dos concorrentes.

Em entrevista coletiva, o procurador-geral Merrick Garland, um dos responsáveis pela denúncia, disse que “por 15 anos, o Google adotou uma conduta anticompetitiva”, o que atrapalhou o surgimento de tecnologias rivais.

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