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Embaixador de Israel quer que Conselho da ONU defenda desmilitarização do Hamas

Segundo defende o diplomata, o grupo internacional ‘tem um papel de tentar diminuir os riscos no mundo’


O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, afirmou nesta segunda-feira (23) que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) deve abordar a desmilitarização do grupo extremista Hamas, que está em conflito com Israel no Oriente Médio. A fala foi dada em enntrevista a O TEMPO Brasília.

Zonshine enfatizou que o colegiado da ONU tem um papel crucial no cenário internacional, visando “diminuir os riscos no mundo”, e, portanto, ele acredita que a discussão sobre o combate ao poderio militar do Hamas deveria ser parte das suas deliberações.

“[O Conselho poderia discutir] a possibilidade de desmilitarização do Hamas, que não pode continuar a ameaçar Israel ou investir toda ajuda que recebe no mundo em armas e coisas contra a existência de Israel. Basicamente é só contra a existência de Israel”, avaliou.

A Assembleia Geral da ONU confirmou uma reunião extraordinária para a próxima quinta-feira (26) com o objetivo de retomar as discussões sobre o conflito no Oriente Médio. A convocação ocorreu em função da pressão de vários países, incluindo o Brasil, após um impasse no Conselho de Segurança.

Tanto a Rússia quanto o Brasil tiveram suas propostas de resolução para o conflito vetadas no colegiado. No último dia 18, o Brasil, que preside o Conselho de Segurança da ONU durante o mês de outubro, obteve uma ampla maioria em uma proposta de resolução sobre a guerra.

No entanto, um veto dos Estados Unidos impediu o avanço do tema, que estava em negociação. A proposta brasileira incentivava, entre outros pontos, “o estabelecimento de corredores humanitários e outras iniciativas para a entrega de ajuda humanitária a civis”.

Uma das justificativas dadas pelo governo dos Estados Unidos para o veto foi o fato de o texto não mencionar o direito de autodefesa de Israel durante o conflito. Essa explicação foi fornecida pela embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield.

Faixa de Gaza
Segundo informou o embaixador à reportagem, aproximadamente 3.000 pessoas de diversas nacionalidades estão localizadas na Faixa de Gaza, sendo que a maior parte delas está concentrada na região Sul, que enfrenta menos conflitos.

Para Zonshine, “a coordenação entre as entidades internacionais é crucial para determinar quando e como ocorrerá a saída dessas pessoas [da Faixa de Gaza]. Provavelmente, o Egito desempenhará um papel nesse processo, mas, até o momento, a coordenação ainda não atingiu a fase final”.

Um grupo de 32 brasileiros e seus familiares esperam a abertura da fronteira com o Egito para retornarem ao Brasil. Uma aeronave da Presidência da República espera autorização das autoridades egípcias para realizar o resgate. O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, está no Egito para tentar viabilizar a operação.

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