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Trabalhar muito por salário baixo faz mal ao coração, diz estudo

Os dados são da pesquisa da Universidade Laval, da cidade de Quebec (Canadá), que alerta sobre trabalhar duro e receber pouca ou nenhuma recompensa faz mal ao coração e produz os mesmos efeitos negativos da obesidade na saúde cardíaca

Um estudo divulgado nesta sexta-feira (6) alertou que trabalhar duro e receber pouca ou nenhuma recompensa faz mal ao coração e produz os mesmos efeitos negativos da obesidade na saúde cardíaca.

Os dados são da pesquisa da Universidade Laval, da cidade de Quebec, no Canadá, retomada pela Sociedade Italiana de Cardiologia Intervencionista (Gis), por ocasião de seu 44º congresso que acontece em Milão.

“O novo estudo destaca, pela primeira vez, o enorme impacto da combinação destes dois fatores, ou seja, trabalho árduo e baixa recompensa”, comenta o presidente da Gise, Giovanni Esposito.

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De acordo com o especialista italiano, “as conclusões destacam, portanto, a necessidade urgente de abordar proativamente as condições de trabalho estressantes, para criar ambientes mais saudáveis que beneficiem funcionários e empregadores”.

A pesquisa acompanhou aproximadamente 6,5 mil “trabalhadores de colarinho-branco” de ambos os sexos, que não tinham histórico prévio de doença cardíaca, durante quase 20 anos. Aqueles que relataram sofrer de estresse no trabalho ou desequilíbrio entre esforço e recompensa tiveram um risco 49% maior de doenças cardíacas do que aqueles que não relataram as mesmas condições de trabalho.

O estudo aponta que, quando as duas condições coexistiam, o risco duplicava. Para Francesco Saia, presidente eleito da Gise, “existem duas maneiras principais pelas quais o estresse pode causar danos ao coração”.

“A primeira envolve o controle da pressão arterial e o estreitamento dos vasos sanguíneos. A outra inclui a ativação da medula óssea e a liberação de células inflamatórias, o que, por sua vez, leva à inflamação aterosclerótica e ao aparecimento de placas e coágulos sanguíneos”, concluiu Sala, enfatizando que “o que dói não é um evento único, mas períodos prolongados de estresse em combinação com outros fatores de risco”.

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